Consumo de vinho pode proteger e cerveja piorar infecção de Covid-19

Estudo realizado analisou quase meio milhão de pessoas, entretanto, consumo excessivo pode elevar as chances de contaminação

Notícia tranquilizadora para quem gosta de tomar uma taça de vinho por dia e, por outro lado, preocupante para quem é adepto de uma cervejinha. Pesquisadores do Hospital Shenzhen Kangning, na China, concluíram um estudo que evidencia que consumir cerveja é um fator de risco.

As análises apontaram que das 473.957 pessoas analisadas, 16.559 contraíram Covid-19. E, dessa forma, a alta frequência do consumo de cerveja e cidra aumentaram os riscos de contrair a doença, independente da quantidade ingerida. A alta frequência de bebidas destiladas, também aumentou as chances de ser infectado.

Por outro lado, pessoas que consumiram vinho tinto, cerca de cinco taças ou mais por semana, tiverem menor risco de se contaminar. Da mesma forma em pessoas com alta frequência de consumo de vinho branco e champanhe.

“O consumo de cerveja e cidra não é recomendado durante as epidemias. As orientações de saúde pública devem se concentrar na redução do risco de Covid-19, defendendo hábitos de vida saudáveis e políticas preferenciais entre os consumidores de cerveja e cidra”, afirmaram os autores no estudo.

Beber além da conta pode ser prejudicial

Ainda assim, os cientistas compararam as pessoas que ingeriram bebida alcoólica e as que não desfrutavam da bebida. O resultado foi que, entre as pessoas consumidoras de álcool, tinham um risco menor de contrair Covid-19. Porém, a diferença entre um e outro é pouco significativa.

Em contrapartida, aqueles que bebiam além da conta, tiveram uma tendência maior de risco de se infectar com a Covid-19. Entre eles, o risco era 12% maior de contrair a doença, contra os que não bebem.

Para facilitar a medição, foi feita a conversão das doses em unidades. Para cerveja e cidra, a cada litro eram contabilizadas duas unidades. Enquanto uma taça de vinho eram duas unidades e para destilados um shot era equivalente a uma unidade.

Vale lembrar que a pesquisa precisará ser aceita por outros cientistas, que farão a revisão do estudo. A melhor maneira conhecida de se prevenir é mantendo o distanciamento social e usando máscara de proteção, de preferência a PFF2.