Não deu para o Athletico. Jogando em Guayaquil, no Equador, o Furacão perdeu por 1 a 0 para o Flamengo e viu a equipe carioca celebrar o tricampeonato da Libertadores da América. O gol da vitória foi marcado por Gabigol aos 49 do primeiro tempo, minutos depois da expulsão do zagueiro Pedro Henrique.
O Athletico voltava à decisão da maior competição do continente depois de 17 anos e, apesar do favoritismo dos cariocas, ainda tinha chances de equilibrar as ações e disputar a taça contra um dos clubes mais ricos do país.
Com um a menos, a missão ficou mais complicada e, mesmo assim, as melhores chances de gol (com exceção, é claro, do gol marcado por Gabriel Barbosa) foram da equipe paranaense.
Felipão surpreendeu na escalação com Vitor Roque titular e um esquema inédito com três volantes (Hugo Moura, Fernandinho e Alex Santana) e um meia (Vitor Bueno), enquanto Dorival Junior colocou em campo o time que o país inteiro já sabe escalar de cabeça.
O primeiro tempo foi bastante equilibrado e o Furacão só saiu atrás depois de ficar com um a menos. No segundo tempo, o Flamengo dominou o meio de campo e passou a ditar o ritmo do jogo, mas as melhores chances foram criadas pelo Athletico.
Primeiro tempo
Os primeiros 45 minutos foram bastante equilibrados e o Athletico conseguiu criar boas chances de gol. A situação para os paranaenses parecia estar se alinhando quando, aos 18, o lesionado Filipe Luís precisou deixar o campo para a entrada de Ayrton Lucas, mudando os planos de Dorival Junior.
As duas equipes criaram boas chances: o Furacão teve boas chegadas com Alex Santana e Vitinho, enquanto o Flamengo teve chance com Rodinei e boas tabelas pelas laterais. Aos 30 minutos, foi a vez do capitão Thiago Heleno precisar de atendimento fora de campo com um corte na cabeça.
Quando o primeiro tempo já caminhava para o fim, o zagueiro Pedro Henrique fez falta dura em Ayrton Lucas, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso. Felipão decidiu recuar Fernandinho ao invés de colocar Matheus Felipe, que estava pronto para entrar no time, e o improviso nos últimos minutos do primeiro tempo resultou no gol do Flamengo.
Aos 49, Everton Ribeiro e Rodinei tabelaram pela direita, o meia cruzou e encontrou Gabriel Barbosa sozinho para empurrar para o fundo do gol, abrindo o placar para os cariocas.
Segundo tempo
Com o gol sofrido, o Athletico já voltou do intervalo com Matheus Felipe na zaga, substituindo o volante Alex Santana. Com um homem a menos no meio de campo, a pergunta que pairava na cabeça do torcedor athleticano era como seria o comportamento do meio do Flamengo, um dos mais qualificados do país.
E os espaços começaram a aparecer logo nos primeiros minutos. Toda a falta de criação do time carioca na primeira etapa se apresentou antes dos cinco minutos de bola rolando, com bons chutes de Pedro e Gabriel. Com um a menos, o Athletico recuou e chamou o adversário para seu campo de defesa, tentando segurar o ímpeto ofensivo Flamengo para apostar nos contra-ataques.
O Furacão continuou no sufoco e Bento salvou o que seria o segundo gol em ótima jogada que culminou em finalização de Gabigol.
Felipão decidiu mexer no time mais duas vezes. Vitor Bueno saiu para a entrada de Canobbio, e Vitinho deixou o campo para dar lugar a Rômulo aos 12 do segundo tempo. mas as tentativas de ataque do Furacão continuavam sendo neutralizadas pela defesa flamenguista – Pedro começou a participar mais do jogo e teve pelo menos três boas chegadas no ataque.
Vitor Roque deu lugar a Pablo e o Athletico até tentava se soltar, mas esbarrava na postura defensiva do Flamengo e, de quebra, abria espaço para possíveis contra-ataques. Os cariocas passaram a ditar o ritmo da partida, controlando os passes e deixando o jogo mais lento. Mas quando o Furacão tocava na bola, o jogo ficava mais acelerado na busca pelo gol de empate.
O volante Hugo Moura foi sacado e Terans entrou em campo aos 30 minutos e o Flamengo seguia ditando o ritmo da partida atrás do segundo gol, mas o Furacão começava a levar mais perigo ao gol defendido por Santos. O ex-goleiro do Athletico, inclusive, bateu roupa em chute de Terans e, por pouco, a bola não sobra para Canobbio.
Por mais que o Furacão tenha melhorado no decorrer do segundo tempo, a defesa do Flamengo segurou a pressão, os meias controlaram o jogo e o placar final rendeu o tricampeonato para o Rubro-negro carioca.
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