O Governo de São Paulo comunicou, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (09), notícias positivas sobre o desenvolvimento da vacina CoronaVac, fabricada em parceria com o laboratório chinês Sinovach Biotech.
Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, afirmou que o estudo clínico da última fase está “evoluindo muito rapidamente”, contando com um total de 9 mil voluntários. “Até o final de setembro vacinaremos todos os 9 mil. Com isso, a partir de 15 de outubro poderemos ter a análise da eficácia”, relatou.
Ainda segundo ele, 4 mil pessoas já receberam a primeira dose e algumas já ganharam uma segunda parcela da CoronaVac.
Em relação à eficácia do imunizante, o diretor afirmou que um organismo internacional irá controlar o estudo. “Havendo eficácia, a vacina poderá ser registrada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e na sequência disponibilizada ao Ministério da Saúde (MS). Em dezembro, o Butantan terá 46 milhões de doses disponíveis para o Ministério da Saúde. Então é muito promissor”, relatou Covas.
Como cada pessoa recebe duas porções, o diretor do Butantan ainda reforça a capacidade de produção do centro de pesquisa. “Temos condições de fornecer, até maio do ano que vem, se houver manifestação nesse sentido, até 100 milhões de doses“.
Além dessa informação otimista, ele ainda aponta que a CoronaVac “tem uma boa resposta imunológica nos idosos” contando que 98% dos 421 voluntários acima de 60 anos, ao tomarem uma dose intermediária, desenvolveram anticorpos suficientes para neutralizar o vírus. Em uma dosagem mais elevada, a resposta imunológica foi de 99%.
O diretor ainda comentou sobre a suspensão dos estudos da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxofrd e pela AstraZeneca, que tinha 100 milhões de antivírus já encomendados pelo governo federal.
A pesquisa internacional foi paralisada após um dos voluntários ter apresentado uma reação adversa séria. De acordo com Covas, isso mostra que o ideal seria o Brasil contar com imunizantes diversos.
“O Brasil, [com] 200 milhões de habitantes, precisará de muitas vacinas, uma só não será suficiente para a imunização de toda a população. E enfatizando, isso não é uma corrida entre vacinas, é uma corrida para proteger a população”, concluiu.
Fonte: Sbt/jornalismo
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