RIO GRANDE DO SUL SE PREPARA PARA CHEGADA DA NUVEM DE GAFANHOTOS

O governo do Rio Grande do Sul se prepara para a possível chegada da nuvem de gafanhotos que avança por países vizinhos ao Brasil. Mais de 400 aeronaves podem ser acionadas para aplicação de pesticidas no plano de combate aos insetos.

A nuvem de gafanhotos mais próxima do Brasil é quase do tamanho de dez campos de futebol e está na província argentina de Entre Ríos, a 100 quilometros de Barra de Quaraí, no Rio Grande do Sul.

De acordo com a Secretaria Estadual de Agricultura, as altas temperaturas e a velocidade do vento favoreceram o deslocamento dos quatrocentos milhões de insetos. Nesta terça-feira (22), a nuvem avançou 60 quilômetros, mas não é possível saber quando e se atingirá o Brasil.

Os gafanhotos chegaram à argentina no fim de maio, vindos do Paraguai. Nos dois países, provocaram prejuízos ao destruírem plantações e pomares de frutas críticas. Segundo o governo gaúcho, o plano de combate aos insetos envolve o uso de setenta aviões agrícolas para aplicação de pesticidas. Outras 400 aeronaves foram colocadas à disposição pelo sindicato nacional das empresas de aviação agrícola.

“Nós temos que avaliar o local onde a nuvem assentou, caso ingresse no estado, as condições ambientais, se a vegetação que pode ser prejudicada e mais casas, não vai ser uma aplicação simples pra controlar, vai ser uma aplicação técnica”,  afirma Juliano Ritter, fiscal agropecuário.

Para ambientalistas, o uso de agrotóxicos pode ser perigoso e deve ser monitorado pelas autoridades. Há possibilidade de usar outros produtos que não venenos, já que podem contaminar solos, águas, alimentos sem que seja efetivo para exterminar os gafanhotos.

Os gafanhotos não oferecem risco a pessoas ou animais. 11 fiscais agropecuários monitoram a região da fronteira desde junho, quando o Ministério da Agricultura declarou estado de emergência fitossanitária no Rio Grande do Sul.

Fonte: Sbt/jornalismo