STF condena 3 réus pelos atos de 8 de janeiro; pena varia de 14 a 17 anos de prisão

O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, nesta quinta-feira (14), três réu pelos atos do dia 8 de janeiro.

O primeiro réu, Aécio Lúcio Costa Pereira, foi condenado pelos cinco crimes citados na denúncia da Procuradoria-Geral da República. Os delitos são: dano qualificado, deterioração de patrimônio público tombado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e associação criminosa.

O placar terminou em 8 votos a 3 pela condenação. Entre os ministros favoráveis a decisão, estão: Alexandre de Moraes (relator), Cristiano Zanin, Luiz Edson Fachin, Luiz Fux, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Rosa Weber (presidente do STF).

A pena calculada é de 17 anos de reclusão, sendo 15 anos e meio em regime fechado, além 100 dias-multa e R$ 30 milhões em danos morais coletivos, que serão ressarcidos em conjunto com outros réus.

Aécio Lúcio ficou conhecido por ter gravado um vídeo durante a invasão aos prédios dos Três Poderes. Ele negou, em audiência de custódia, ter participado da depredação do Senado, onde foi preso. Segundo ele, “seu objetivo era lutar pela liberdade”.

2° réu é condenado a 14 anos de prisão

Thiago de Assis Mathar, o segundo réu pelos atos de 8 de janeiro, foi condenado a 14 anos de prisão. Ele também terá que pagar uma multa de R$ 44 mil e uma indenização de R$ 30 milhões por danos morais coletivos, que serão ressarcidos em conjunto com os demais condenados.

De acordo com a PGR, ele participou da depredação no Palácio do Planalto. Ao ser interrogado, no processo, afirmou que não havia barreira impedindo o acesso ao prédio.

Thiago foi condenado pelos mesmos cinco crimes denunciados a Aécio lúcio.

3° réu também pega 17 anos de prisão

Matheus Lima de Carvalho Lázaro, terceiro réu, foi condenado pelo STF a 17 anos de prisão pela participação nos atos de 8 de janeiro. Além disso, ele terá que pagar uma multa de R$ 44 mil e uma indenização de R$ 30 milhões por danos morais coletivos, que serão ressarcidos em conjunto com os demais condenados.

Matheus também foi condenado pelos cinco crimes apresentados na denúncia da Procuradoria-Geral da República.

O terceiro réu foi o responsável por divulgar mensagens para a esposa grávida defendendo que era preciso “quebrar tudo” para “o Exército entrar”. Ele ainda fez uma transmissão ao vivo dos atos.